terça-feira, 31 de agosto de 2010
Festival Andanças 2010
Artigo publicado no Jornal do Andanças
Algum balanço...
Vânia Cunha • 35 anos • Voluntária no Jornal Andanças
Foi o meu primeiro Andanças e posso dizer que foi cansativo e
divertido. O que mais me deliciou foram as pessoas, a comunicação
e afectividade dentro desta comunidade que se junta uma vez por
ano. Mas o Andanças não morre aqui, permeia a vida daqueles que
partilham experiências, danças, vidas, durante esta semana fora da
vida, e tão vivida, que é o Andanças.
Quem acompanha o Andanças há alguns anos conta que há quem
tenha começado na Produção e passado para a Animação com as
crianças, há quem se tenha tornado bailarino e criado uma rede de
contactos que levaram a uma mudança de carreira.
O Andanças não morre aqui.
Ainda hoje uma colega da redacção do jornal me dizia “O que será
da minha vida depois do Andanças?” Não sei, a mudança pode ser
rápida ou ir crescendo dentro de nós.
Nós somos seres que necessitam de constantes trocas com o exterior
e quando estamos em terreno fértil de partilha e afectividade sentimo-nos
florescer e as nossas potencialidades desabrocham.
Comunidade e Individualidade é possível (e necessária) para sermos
felizes. É o individualismo que nos afasta dos outros e de nós mesmos.
O Andanças é uma oportunidade de estarmos a viver lado a lado,
diariamente, durante uma semana. É também uma oportunidade
de pensarmos como podemos viver mais em comunidade no nosso
dia-a-dia, durante o ano. E, por último, uma oportunidade de reflexão
sobre um estilo de vida mais sustentável a nível ambiental, em que
o lixo não tem de ser encarado como tal e pode ser um recurso para
outras criações.
O Andanças reforçou, sem dúvida, a minha opinião de que as
experiências que mais nos marcam são aquelas vividas em
comunidade.
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