quinta-feira, 19 de março de 2009

From Having to Well-Being

The first condition to overcome one´s selfishness lies in the capacity of being aware of it. (...) The second step to take is gaining an awareness of the roots of the having orientation, such as one´s sense of powerlessness, one´s fear of life, one´s fear of the uncertain, one´s distrust of people, and the many other subtle roots that have grown together so thickly.
Awareness of these roots is not sufficient condition, either. It must be accompanied by changes in practice, first of all by loosening the grip that selfishness has over one by beginning to let go. One must give up something, share, and go through the anxiety that these first little steps engender. One will discover, then, the fear of losing oneself that develops if one contemplates losing things, which function has props for one's sense of self. This implies not only giving up some possessions, but, even more important, habits, accustomed thoughts, identification with one's status, even phrases one is accustomed to hold on to, as well as the image that others may have of oneself (or that one hopes they have and tries to produce); in brief, if one tries to change routinized behaviour in all spheres of life from breakfast routine to sex routine. In the process of trying to do so, anxieties are mobilized, and by not yielding to them confidence grows that the seemingly impossible can be done - and adventurousness grows. This process must be accompanied by attempting to go out of oneself and to turn to others.
(...)
To sum up: Awareness, will, practice, tolerance of fear and of new experience, they are all necessary if transformation of the individual is to succeed. At a certain point the energy and direction of inner forces have changed to the point where an individual's sense of identity has changed, too. In the property mode of existence the motto is : "I am what I have." After the breakthrough it is "I am what I do" (in the sense of unalienated activity; or simply "I am what I am".

in The Art of Being by Erich Fromm

segunda-feira, 16 de março de 2009

Obrigada a todos os participantes do Workshop

Este foi um tempo de partilha da prática e filosofia do Yoga com amigos e com outras pessoas que conheci pela primeira vez. Todos ajudaram a criar um grupo com uma óptima energia.

Alguns praticam Yoga há já alguns anos e outros foram à sua primeira aula, cada um a fazer o seu caminho.

O mais gratificante foi, sem dúvida, ouvir pessoas a equacionarem integrar o Yoga na sua vida, depois de tomarem contacto com a verdadeira dimensão do Yoga, depois de compreenderem que o Yoga é um modo de estar na vida que nos ajuda não só a nós e ao nosso percurso por este mundo de tantas incertezas, mas que também ajuda aqueles com quem lidamos no dia a dia e a quem contagiamos com uma postura de verdade e compaixão.

Fiz questão de defender o Yoga que é a busca da nossa verdade, o caminho individual para o auto-conhecimento, longe do Yoga exercício de fittness que usa a prática para valorização do ego e competição com os demais. Porque quando temos necessidade de nos sobre-valorizar é porque não temos confiança em nós próprios e subjugar os outros em nosso redor é único meio de nos sentirmos importantes. Não, este não é o caminho do Yoga, porque no Yoga todos os seres são divinos e a sua importância é igual, não são uns mais importantes do que os outros.

Muitas vezes as pessoas desesperam porque se ao menos o marido fosse diferente, se ao menos o pai fosse mais activo, se ao menos o filho fizesse os trabalhos de casa. Mas ao colocarmos toda a nossa atenção sobre o que os outros deveriam mudar, desviamo-nos de um trabalho sério de auto-conhecimento, e aí sim podemos mudar as coisas. Foca-te em ti mesmo e vais ver como as coisas começam a mudar em teu redor.

sábado, 14 de março de 2009

Yoga quer dizer união, união com o divino que há em cada um de nós, união com a nossa essência.

terça-feira, 10 de março de 2009

Estabelecer a ligação com o nosso Subconsciente

O subconsciente dita em grande parte a nossa vida.

Todos aqueles momentos em que fazemos algo porque sentimos que aquele é o caminho ou que não começamos uma relação amorsa com alguém porque apesar das características objectivas dessa pessoa estarem de acordo com os nossos desejos e personalidade há algo que não faz sentido.

O nosso subconsciente possui muito mais informação do que aquela a que conseguimos aceder com a nossa mente consciente e com o nosso intelecto. E quando surgem conflitos entre a nossa mente consciente e o nosso subconsciente sentimos mal estar, depressão, ansiedade. A maior parte das vezes as pessoas reagem alienando-se, pondo a cabeça debaixo da terra como a avestruz, utilizando o seu tempo ou em permanente intensa actividade ou em alienação olhando para o pequeno ecrã da televisão para não ter de pensar. Estes hábitos tornam-se um círculo vicioso que não permite pôr um fim ao mal estar sentido e à descoberta do nosso verdadeiro eu.

É aqui que práticas como o yoga e a meditação podem ser uma ferramenta preciosa no contacto com o nosso subconsciente, desenvolvendo uma atitude de abraçar a nossa essência em vez de fugir e ter medo dela.
Existem campos da nossa existência em que a análise intelectual e analítica não é a resposta, porque estamos a trabalhar apenas ao nível do consciente, sem acesso ao mar de informação que o nosso subconsciente nos pode dar.

O meu mestre Bhagavan Shri Shanmukha Anantha Natha defende que através do Yoga e da meditação podemos curar psicoses, mas não põe de parte a utilização da psicanálise como ferramenta valiosa neste processo de descoberta e cura interior. Fugir do nosso subconsciente que pede a nossa atenção não é nunca a solução. Todos nós em certos momentos da nossa vida sentimos mal estar, depressão, ansiedade, é natural. A questão prende-se como é que vamos olhar para estas questões. Fugir, e deixar a situação arrastar-se por tempo indeterminado, ou encarar a situação e adoptar uma prática diária de meditação e auto-análise? Esta análise de que falo não é uma análise intelectual mas sim uma análise fruto de pensamentos que nos assaltam durante a meditação, sentimentos que surgem ligados com questões específicas da nossa vida. Estas são pistas que nos poderão ajudar no processo de descoberta interior.

Estou a ler neste momento o livro The Art of Being the Erich Fromm que veio consolidar a informação que tinha recebido e discutido com o meu mestre e em que a utilização complementar do Yoga, da meditação e da auto-psicanálise podem-nos ajudar a encontrar bem-estar interior e a ultrapassar momentos difíceis na nossa vida. A chave para tudo isto é a vontade e a disciplina.

domingo, 8 de março de 2009

To Concentrate

People think that concentrating is too strenuous an activity and that they would get tired quickly. In fact the opposite is true, as anyone can observe in oneself. Lack of concentration makes one tired, while concentration wakes one up. There is no mystery in this. In unconcentrated activity no energy is mobilized, since a low level of energy is sufficient to do the task. Mobilization of energy, which has a psychic as well as a physiological aspect, has the effect of making one feel alive.

in Art of Being by Erich Fromm

Workshop A Tradição do Yoga no Oriente e no Ocidente

The Art of Being by Erich Fromm

we must remember that becoming aware of the truth has a liberating effect;
it releases energy and de-fogs one´s mind.
As a result, one is more independent, has one´s center in oneself, and is more alive.
One may realize that nothing in reality can be changed,
but one has succeeded in living and dying as a human person and not as a sheep.
If avoidance of pain and maximal comfort are supreme values,
then indeed illusions are preferable to the truth. If, on the other hand,
we consider that every man, at any time in history,
is born with the potential of being a full man and that, furthermore,
with his death the one chance given to him is over,
then indeed much can be said for the personal value of shedding illusions
and thus attaining an optimum of personal fulfillment.
In addition, the more seeing individuals will become, the more likely it is that they can produce changes - social and individual ones - at the earliest possible moment, rather than, as is often the case, waiting until the chances for change have disappeared because their mind, their courage, their will have become atrophied.

The conclusion from all these considerations is that the most important step in the art of being is everything that leads to and enhances our capacity for heightened awareness and, as far as the mind is concerned, for critical, questioning thinking.