O subconsciente dita em grande parte a nossa vida.
Todos aqueles momentos em que fazemos algo porque sentimos que aquele é o caminho ou que não começamos uma relação amorsa com alguém porque apesar das características objectivas dessa pessoa estarem de acordo com os nossos desejos e personalidade há algo que não faz sentido.
O nosso subconsciente possui muito mais informação do que aquela a que conseguimos aceder com a nossa mente consciente e com o nosso intelecto. E quando surgem conflitos entre a nossa mente consciente e o nosso subconsciente sentimos mal estar, depressão, ansiedade. A maior parte das vezes as pessoas reagem alienando-se, pondo a cabeça debaixo da terra como a avestruz, utilizando o seu tempo ou em permanente intensa actividade ou em alienação olhando para o pequeno ecrã da televisão para não ter de pensar. Estes hábitos tornam-se um círculo vicioso que não permite pôr um fim ao mal estar sentido e à descoberta do nosso verdadeiro eu.
É aqui que práticas como o yoga e a meditação podem ser uma ferramenta preciosa no contacto com o nosso subconsciente, desenvolvendo uma atitude de abraçar a nossa essência em vez de fugir e ter medo dela.
Existem campos da nossa existência em que a análise intelectual e analítica não é a resposta, porque estamos a trabalhar apenas ao nível do consciente, sem acesso ao mar de informação que o nosso subconsciente nos pode dar.
O meu mestre Bhagavan Shri Shanmukha Anantha Natha defende que através do Yoga e da meditação podemos curar psicoses, mas não põe de parte a utilização da psicanálise como ferramenta valiosa neste processo de descoberta e cura interior. Fugir do nosso subconsciente que pede a nossa atenção não é nunca a solução. Todos nós em certos momentos da nossa vida sentimos mal estar, depressão, ansiedade, é natural. A questão prende-se como é que vamos olhar para estas questões. Fugir, e deixar a situação arrastar-se por tempo indeterminado, ou encarar a situação e adoptar uma prática diária de meditação e auto-análise? Esta análise de que falo não é uma análise intelectual mas sim uma análise fruto de pensamentos que nos assaltam durante a meditação, sentimentos que surgem ligados com questões específicas da nossa vida. Estas são pistas que nos poderão ajudar no processo de descoberta interior.
Estou a ler neste momento o livro The Art of Being the Erich Fromm que veio consolidar a informação que tinha recebido e discutido com o meu mestre e em que a utilização complementar do Yoga, da meditação e da auto-psicanálise podem-nos ajudar a encontrar bem-estar interior e a ultrapassar momentos difíceis na nossa vida. A chave para tudo isto é a vontade e a disciplina.
gostei do post. e gostava tambem de te ver explorar aqui no blog, ideias de iniciacao a esse contacto com o lado interior a auto analise. como dizes no texto, a chave e a vontade e a disciplina, mas manter de forma consistente e continua e que e o desafio. fromm tem uma sugestao interessante no livro - comecar por reservar 15 minutos por dia para estar simplesmente... sem fazer nada - parece simples mas e e surpreendente como pode ser algo incrivelmente dificil de fazer!!
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